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Crueldade animal pela moda

É tema de manifestação durante SPFW, que começa nesta quinta.

 

Diversos casos de crueldade com animais têm repercutido na imprensa e nas redes sociais nos últimos meses – um filhote de cachorro enterrado vivo, um yorkshire espancado até a morte, dezenas cães e gatos mortos e ensacados –, e o assunto voltará à tona durante o São Paulo Fashion Week, principal evento de moda do país, que começa nesta quinta-feira (19) na capital paulista.

Coelhos e raposas produzidos com isopor reciclável farão parte de uma intervenção comandada por artistas plásticos na entrada do evento, no prédio da Bienal, durante o fim de semana, com o objetivo de conscientizar o público contra o uso de peles, couro e penas em desfiles e editoriais de moda. “Não tem nenhuma diferença [a crueldade com animais domésticos daquela para a extração do couro]”, disse em entrevista ao UOL Adriana Pierin, ativista do Move Institute, responsável pela ação durante o São Paulo Fashion Week há quatro temporadas. “As pessoas muitas vezes não sabem que suas carteiras, bolsas e pulseiras são feitas de couro. Fotógrafos, editores de moda e maquiadores acabam sendo cúmplices desta alienação e da divulgação de peças que utilizam produto animal”, completou.


 

 

 

 

 

 

O fato de as passarelas desta edição mostrarem as coleções para o próximo inverno dá mais pano para a manga da discussão por uma moda ética, já que o Brasil tem um importante fator a seu favor: o clima. “É um país tropical. Não temos a necessidade de usar roupas de origem animal. O uso de pele nem deveria ser um assunto sobre o qual temos de pensar”, disse a consultora de moda Chiara Gadaleta, criadora do site Ser Sustentável com Estilo.


Chiara acredita que o ponto principal deste debate é apresentar soluções alternativas aos produtos de origem animal. A sua preferida são as tramas de tricô. “Temos trabalhos artesanais criativos e muito bonitos. Sinto que no São Paulo Fashion Week estão começando a prestar mais atenção nessas peças feitas à mão. Vi muito disso já nos desfiles do Fashion Rio e Fashion Business”, comentou ela. Há também as versões sintéticas que imitam couros
de diferentes origens e até técnicas de serigrafia criadas para substituir peixes ou crocodilos.


 
Certificados

Uma questão polêmica mesmo entre os defensores da moda livre de crueldade é a certificação de couros e peles. Marcas como a carioca Osklen, por meio do Instituto E, promovem o uso de materiais como o couro de tilápia ou de dourado como alternativas ecológicas ao produto bovino.

 

Seja um fashionista consciente

Procure saber de onde vieram as peças que vai comprar
Evite comprar produtos de origem animal
Use alternativas como as peças artesanais de tricô e crochê
Dê preferência às roupas produzidas no BrasilCobre suas marcas favoritas por opções ecológicas e incentive as que já aderiram à moda                           

 

Raio-X da indústria da pele

Materiais: couro (vacas, porcos, cangurus, bodes e ovelhas), pele (castores, chinchilas, coelhos, cães, gatos, lobos, minks, raposas, focas e ursos) e exótico (cobras, lagartos e crocodilos)
Estima-se que 85% da pele usada na indústria da moda venha de animais confinados
Entre os métodos usados para abater os animais estão sufocamento, eletrocussão, intoxicação por gás e envenenamento
É comum a pele ser retirada com os animais ainda vivos sem anestesia
Produtos tóxicos são usados na transformação da pele do animal em couro

Dados da ONG People For The Ethical Treatment of Animals (Peta)
 
         

Fonte: FERNANDA SCHIMIDT
Do UOL


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